Halloween: como a Juventus aproveitou a data para assustar os adversários

Qual é a relação entre Halloween e esportes? Nenhuma, certo?

Afinal, campanhas envolvendo esportes tem que ter os mesmos elementos de sempre: muito suor, histórias de superação, atletas em belíssimas imagens e algumas paisagens de natureza. O conjunto básico de clichês da categoria.

Nós achamos que isso também faz parte, mas já defendemos em outro post que o esporte pode (e deve) procurar intersecções com outros elementos da cultura.

No caso abaixo vemos uma ação bem legal da Juventus, time de futebol italiano, que produziu imagens de seus principais jogadores interpretando vilões e monstros do cinema. A mensagem aqui é que o time não está para brincadeira, e quer assustar seus adversários. Basicamente uma provocação muito bem humorada.

Super inovador, certo? Que nada. Esse é a segunda edição da brincadeira, que começou em 2011 e, pelo jeito, vai virar tradição.

Abaixo selecionamos nossas imagens preferidas:

 

 

Para dar uma olhada na coleção completa clique nesse post do Futebol Marketing, que serviu de fonte para a gente.

#Socialympics 2

Muitos especialistas consideraram os jogos de Londres como as primeiras Olimpíadas da “era social”, ou seja, que teve grande influência das mídias sociais. Se formos pensar bem, em 2008, nas Olimpíadas de Pequim, as principais plataformas que conhecemos hoje não existiam ou ainda estavam engatinhando. Eram outros tempos…

Então, qual terá sido o real impacto das mídias sociais nesses jogos? Como a organização e os atletas se beneficiaram? Como as mídias tradicionais se aproveitaram desse novo momento? Quais foram os aprendizados para a Rio 2016? E como as marcas podem se beneficiar desse momento e se planejar adequadamente para daqui 4 anos?

Pensando em todas essas questões a Synergy Sponsorship, nossa parceira britância, e a Jam, agência de mídias sociais do mesmo grupo, organizaram um debate na semana passada, em Londres, dentro da programação da Social Media Week, para discutir esses pontos. O #Socialympics 1 já tinha ocorrido durante os jogos. A segunda edição teve como objetivo avaliar os resultados.

No vídeo abaixo dá para assistir um resumo do debate, que teve a participação de executivos das duas agências, assim como representantes do Twitter, da imprensa e do próprio comitê olímpico britânico.

Publicamos anteriormente um relatório da Revista Bites sobre o mesmo tema.

O marketing esportivo mora nos detalhes

O astro do basquete americano LeBron James, medalhista de ouro pelo Dream Team e campeão da NBA pelo Miami Heat, recentemente resolveu investir no esporte e comprou ações de um grupo que controla, entre outras propriedades, o Liverpool, time de futebol inglês.

Em paralelo LeBron tem um contrato com a Nike, o que inclui uma linha própria de tênis para basquete. E o mais novo lançamento dessa linha, vejam só, é um tênis que homenageia o Liverpool, tendo as mesmas cores do clube e até um dragão muito parecido com o que está no escudo. Vejam na montagem abaixo.

A associação parece bastante óbvia, mas a Nike não confirma nem desmente essa “homenagem”. Um dos motivos é que o Liverpool é patrocinado pela adidas, principal concorrente da marca. E aí vem a primeira pergunta, por que uma empresa colocaria em pauta um assunto que pertence à outra?

A resposta é simples, e esse post obviamente não é sobre o lançamento de um tênis, mas sim sobre um raciocínio sofisticado que cada vez mais é adotado por empresas de material esportivo.

Tanto a Nike quanto a adidas há algum tempo vem explorando a história de vida de seus maiores astros patrocinados. Processos padronizados vão dando lugar a um acompanhamento mais orgânico e minucioso de suas vidas. As marcas que os apoiam celebram cada vitória, cada história de superação, e até mesmo interesses pessoais, como é o caso do tênis comentado.

Um outro exemplo é o mini-documentário que a adidas fez para celebrar a volta de Derrick Rose, jogador do Chicago Bulls que ficou lesionado por alguns meses e, depois de muito suspense, voltou às quadras recentemente. Depois ele acabou se lesionando de novo, mas isso não tira o mérito da ação:

Fazer isso não é simples pois demanda, no mínimo, uma atenção redobrada à cada passo da carreira do atleta. E quando falamos de Nike e Adidas obviamente são centenas deles. Fora o envolvimento com o clube, empresário e todos que fazem parte daquela história de vida.

Do outro lado encontramos empresas que patrocinam poucos atletas, as vezes um ou dois, e, ainda assim, não conseguem utilizá-los de uma maneira hábil para potencializar a comunicação.

Tudo bem que as empresas de material esportivo geralmente estão na vanguarda quando falamos de utilizar o esporte para comunicação, mas a verdade é que aqui há um caminho bastante interessante para marcas de quaisquer segmentos. Em uma época onde a comunicação tende a ficar cada vez mais humanizada, acompanhar as jornadas pessoais de pessoas que representam sua marca parece ser uma boa jogada.

montagem via UGSoles

notícia via Máquina do Esporte

Quando esporte e cultura se encontram

Logo depois do encerramento das Olimpíadas de Londes 2012 a Creative Review fez um post bastante completo mostrando as melhores contribuições do evento para o campo da criatividade, seja nas campanhas publicitárias, arquitetura, tecnologia, design e até mesmo nas artes.

Na época nós compartilhamos isso tanto na nossa fanpage quanto no perfil do Twitter, e, se você ainda não viu recomendo dar uma lida.

Mas, de todos os itens que encontramos lá, o que mais chama atenção é esse clipe que a organização dos jogos fez para apresentar o velódromo, local onde acontecem as provas de ciclismo. A trilha sonora do Chemical Brothers e a linguagem claramente inspirada em Tron dão um toque completamente diferente do que estamos acostumados a ver em eventos desse tipo.

O interessante é notar que esse vídeo acaba funcionando quase como um videoclipe. Se ele não tivesse nada a ver com os Jogos Olimpícos ainda assim seria conteúdo de altíssima qualidade. Puro entretenimento, cheio de referências à outros campos que não são do esporte, mas que combinam bem com ele.

Vejam só:

Por isso cada vez mais acreditamos que campanhas que envolvam o esporte podem (e devem) ir além dele, bebendo em outras fontes que deixem o resultado mais rico e completo, capazes de engajar e maravilhar o público. Assim como ficamos maravilhados com esse clipe.

E quem não se lembra da campanha da Adidas que colocava astros do esporte e da cultura pop na cantina do Star Wars? Mais um exemplo de como é possível buscar intersecções entre esporte e cultura.

Quero ver na Copa

Todo mundo sabe que “quero ver na Copa” virou um bordão que expressa um sentimento de desconfiança em relação ao país, aos políticos e à nossa capacidade, como nação, de realizar um evento dessa magnitude. Até fizeram um tumblr sobre o assunto. E, infelizmente, ninguém pode negar que há motivos para isso.

Mas, pensando pelo ponto de vista contrário, um grupo de pessoas resolveu aproveitar a frase para criar uma plataforma cujo objetivo é mostrar o que a Copa pode trazer de bom ao país.

Por meio do Catarse eles querem juntar uma quantia inicial e criar um portal para divulgar projetos transformadores, liderados por jovens transformadores, como uma forma de inspirar outras pessoas a aproveitarem o momento que o país vive, incluindo aí a Copa.

Esse tipo de projeto mostra um caminho otimista para empresas que queiram falar sobre a Copa em um tom mais institucional e menos esportivo. Mais sobre o desenvolvimento da sociedade e menos sobre a bola no campo. Sim, isso é possível. A Copa é um evento tão amplo que acaba indo além das questões do apito.

E você? Que tipo de Brasil quer ver na Copa?

Uma análise sobre Londres 2012

Recentemente fechamos uma parceria com a Synergy Sponsorship, uma das agências de marketing esportivo mais relevantes do mundo, com sede em Londres. Por isso, durante os últimos Jogos Olímpicos, eu e o Guilherme contribuímos para o blog deles com análises do ponto de vista brasileiro.

O Guilherme estava em Londres e eu fiquei por aqui mesmo, tendo a experiência do espectador comum. O resultado dessa primeira contribuição são esses 3 posts, publicados em inglês:

 

Londres 2012 – uma visão sobre o Brasil

Como as marcas estão ativando Londres 2012 no Brasil?

Lições de Londres 2012 para a Rio 2016

 

E aguardem novos intercâmbios.

Ex-atletas podem ser uma ótima opção para as marcas

Recentemente a Nielsen Brasil divulgou uma pesquisa, feita a partir de 2007 em São Paulo e no Rio de Janeiro, sobre os atletas fora do universo do futebol mais lembrados pela população. Foram mais de 20.000 entrevistas em 5 anos. 240 atletas foram lembrados espontaneamente.

O mais curioso do resultado é que várias das primeiras posições desse ranking são de ex-atletas. Daiane dos Santos, quem diria, está em primeiro lugar. Ayrton Senna em segundo. Gustavo Kuerten em quarto. Hortência em sexto.

Uma análise mais rápida pode inferir que faltam grandes ídolos atuais no esporte brasileiro, e em algumas modalidades isso realmente um fato. Depois de Gustavo Kuerten nunca mais houve um tenista brasileiro à altura, o mesmo com Ayrton Senna e o automobilismo.

Mas o esporte não morreu, longe disso, e essas Olimpíadas atuais estão criando novos ídolos, como Sarah Menezes do judô e Arthur Zanetti da ginástica olímpica. Daqui 10 ou 20 anos talvez sejam eles a figurarem no topo desse ranking.

O ponto que mais chama atenção para nós, que trabalhamos com marketing esportivo, é a importância das marcas apoiarem atletas desde cedo e também depois que eles param. Daiane, Gustavo Kurten e Hortência ainda ocupam um espaço na mídia maior do que a maioria dos atletas atuais e, para muitos, são uma enorme fonte de inspiração.

Quem sabe disso bem é a Nike, que continua tendo em Michael Jordan um de seus maiores garotos propaganda, inclusive com uma linha de produtos que segue firme e forte desde quando o ídolo estava em quadra. Tudo bem que Jordan foi o Pelé do basquete, mas a NBA já produziu outros ídolos à altura e nenhum deles teve sua imagem tão bem explorada depois da aposentadoria.

No esporte brasileiro há o caso de Ayrton Senna, que até hoje é associado ao Banco Nacional, uma marca que nem existe mais. Em um exercício de imaginação seria possível pensar na reinauguração da marca usando o ídolo, não? De qualquer forma, quantos ex-atletas brasileiros poderiam ser melhor explorados pelas marcas? Pelos partidos políticos eles já são, por isso em toda eleição vemos ex-atletas puxando votos como vereadores e deputados.

via Mundo Marketing

Atletas britânicos e patrocinadores nas Olimpíadas 2012

A Synergy Sponsorship, consultoria britânica de marketing esportivo que é parceira da Ativa Esporte, fez um estudo bastante completo sobre os patrocínios esportivos dos atletas da Grã Bretanha durante as Olimpíadas de Londres.

O estudo foi transformado no infográfico que você vê abaixo. Mais detalhes no post original.