Superpro – o herói que a Marvel criou para promover a NFL

Não faz muito tempo que postamos aqui uma análise sobre a parceria da Marvel com o Brooklyn Nets, time da NBA, que resultou na criação de um mascote super herói chamado Brooklyn Knight (Cavaleiro do Brooklyn), lembram?

Pois é. Nesse final de semana estava vendo uma exposição sobre fatos curiosos da indústria de quadrinhos (no Conjunto Nacional, em São Paulo), e aí me deparei com a existência do Superpro, um outro super herói esportivo, resultado da parceria entre Marvel e NFL nos anos 90.

Para ser mais exato ele foi criado em 1991 e teve apenas 12 edições, chegando a aparecer ao lado do Capitão América. Seu poder era basicamente vestir uma armadura indestrutível, com o logo da NFL no peito. Seus inimigos também orbitavam em torno do universo esportivo.

Coloco aqui alguns links para quem tiver mais curiosidade:

Verbete do Superpro na Wikipedia em inglês

Versões digitais das HQs (está no site da Marvel, ou seja, não se trata de versão pirata)

10 razões pelas quais o Superpro deveria aparecer no próximo filme dos Vingadores (obviamente uma piada)

O gol não pode esperar

Bruno Scartozzoni, sócio e diretor de planejamento da Ativa Esporte, escreveu uma coluna para a edição de junho de 2013 da revista Info Exame, sobre transmídia e esportes. O texto também foi publicado no site, em 4 de junho, nesse link. Reproduzimos aqui o texto na íntegra.

Em tempos de programação sob demanda, o esporte preserva a transmissão ao vivo e isso precisa ser aproveitado pelas marcas Com a escolha do Brasil como sede da próxima Copa do Mundo e da Olimpíada de 2016, as oportunidades de negócio ligadas ao esporte ficaram em grande evidência. Até dá a sensação de que ao final desses dois eventos o marketing esportivo no Brasil irá simplesmente acabar. Na prática, o que vemos é o contrário disso. Existe hoje um novo ecossistema midiático, resultante da popularização da internet móvel e das mídias sociais, que transformou a lógica do consumo de conteúdo. As pessoas têm um poder de escolha sem precedentes, mas a emoção do esporte é capaz de superar e ampliar a relação entre a TV e o telespectador. Se antes as grades de programação da TV pautavam nossos hábitos, nesse novo cenário somos nós quem escolhemos o que, onde e como consumir. Ainda assim, o esporte desafia essa lógica. Uma partida de futebol é diferente de um seriado, em que cada um acompanha os episódios no seu ritmo.

A experiência do esporte só tem emoção se acompanhada no momento em que está acontecendo. Em outras palavras, o esporte é um dos últimos redutos da programação ao vivo e por isso é cada vez mais importante para as marcas. Em um ambiente no qual o intervalo comercial tradicional perde relevância a cada dia, os poucos momentos que obrigam o consumidor a estar atento à tela da TV ficam cada vez mais valiosos. Mas esse não é o único valor do esporte. É quase impossível estar na internet sem saber em tempo real sobre cada gol marcado em uma partida. Experimente entrar no Facebook ou no Twitter no horário de um jogo e veja quantos de seus amigos estão falando sobre jogadas, vitórias e derrotas. Isso mostra que estamos desenvolvendo o hábito da multitarefa, navegando na internet ao mesmo tempo que assistimos TV. Esse é o fenômeno da segunda tela, que tem tudo para ser muito bem aproveitado no âmbito esportivo. É fácil criar conteúdos complementares à transmissão dos jogos. Aplicativos nas SmartTVs, tablets e smartphones podem exibir estatísticas, permitir a publicação de comentários, mostrar imagens de câmeras exclusivas e até aproximar a pessoa dos amigos que não estão por perto na hora dos jogos. Entre outros exemplos, vale destacar os games em tempo real, como o Star Player, desenvolvido pela Heineken (abr.io/starapp). Com ele no smartphone, o telespectador precisa adivinhar o que vai acontecer após lances importantes dos jogos da Champions League. A bola saiu para escanteio? É preciso tocar na tela e dizer se a jogada resultará em gol ou em defesa do goleiro. Depois do lance, quem acerta ganha pontos. Outra empresa que explorou bem a relação entre telas foi o Royal Bank of Scotland, que criou dois aplicativos especiais para os fãs de rúgbi que fossem assistir às partidas da Copa das Seis Nações. O primeiro transformava o smartphone em uma central de conteúdo do popular torneio, com estatísticas, vídeos, notícias e análises pós-jogos. O segundo aplicativo tinha uma mecânica de game em tempo real semelhante ao criado pela Heineken. E ainda existe o caso em que a segunda tela vira a primeira tela, quando a pessoa está no estádio assistindo ao jogo com um smartphone na mão, postando textos, fotos e vídeos sobre aquela experiência. Esse é um terreno ainda menos explorado pelas marcas, ou seja, mais uma enorme oportunidade de associar a paixão do esporte à onipresença da internet.

*Bruno Scartozzoni, 32 anos , é sócio da consultoria especializada em marketing esportivo Ativa Esporte, cofundador do serviço de queixas coletivas Zaanga e professor de storytelling e transmídia da ECA-USP e d

Negócios em Jogo, programa 10, 15/07/2013

Em 15 de julho aconteceu a décima edição do Negócios em Jogo, hangout quinzenal da Ativa Esporte, onde Guilherme Guimarães, Bruno Scartozzoni e convidados discutem as últimas notícias e tendências do universo do marketing esportivo. Para assistir é só dar play aí em cima!

Esse programa fez parte da #SegunasdeFutebol, evento promovido pelo Google Plus que reuniu vários hangouts para falarem do esporte mais popular do mundo. Por isso, excepcionalmente, focamos nossa pauta quase completamente em futebol.

Lista dos assuntos abordados:

Com conteúdo exclusivo, Arsenal lança nova categoria de sócio

Clube português da segunda divisão vende direitos de transmissão à TV Benfica

Marketing Esportivo e Transmídia

Ayrton Senna e o boné do Banco Nacional

Por Loja, Brasilia mira fechar com shopping local

Inter de Milão trás sua loja para dentro da loja oficial da Pirelli

Sócios da Ativa Esporte participam de projeto sobre a marca Brasil

100 Degrees of Brazil é o projeto da Daniela Novaes, mestranda de branding na School of Visual Arts em Nova York, que fez uma mesma pergunta para 100 profissionais de comunicação e afins: Qual é a sua impressão de uma marca chamada Brasil?

As respostas estão sendo publicadas diariamente, e ambos os sócios da Ativa Esporte, Guilherme Guimarães e Bruno Scartozzoni, foram convidados para participar do projeto.

A resposta do Guilherme, com enfoque nos eventos esportivos, pode se encontrada nesse link e a do Bruno, com enfoque nos filmes brasileiros, nesse outro.

Mas então, caro leitor, e qual é a sua impressão?

Storytelling e Marketing Esportivo, uma combinação que dá jogo

Escrevi esse artigo em março de 2013 para publicação em uma revista especializada. Infelizmente o texto acabou não sendo publicado,  por isso trouxe ele pra cá.

Corro o risco de ser acusado de oportunista ao escrever esse artigo, afinal, storytelling e marketing esportivo talvez sejam as principais buzzwords do momento no mercado brasileiro de comunicação. O storytelling, como tendência que já vem de alguns anos, ganha mais importância à medida que fica mais difícil conquistar a atenção do consumidor. Já o marketing esportivo está relacionado com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Esse é o resumo.

Mais por coincidência do que por um aguçado senso de oportunidade venho trabalhando nessas duas frentes faz algum tempo, e por isso mesmo tenho enxergado cada vez mais conexões entre um assunto e outro.

Para começo de conversa nós, seres humanos, contamos histórias e praticamos esportes desde o início dos tempos, ou seja, há algo de fundamental em ambos os assuntos. Outro ponto é que um dos motivos pelos quais o esporte atrai tanta atenção são justamente as histórias de superação, capazes de inspirar gerações. Um exemplo é Jesse Owens, atleta americano e negro que venceu várias provas de atletismo em 1936, na Alemanha nazista, bem debaixo do nariz de Hitler. Eu nem era nascido, mas essa história é inesquecível.

Nos Estados Unidos essa fusão entre storytelling e marketing esportivo tem gerado resultados muito interessantes. Não é a toa que eles possuem Hollywood e também as ligas esportivas mais profissionalizadas do mundo.

Um bom exemplo é a campanha que a Adidas fez recentemente para celebrar a volta às quadras de Derrick Rose, atleta revelação do Chicago Bulls que sofreu uma lesão grave e ficou fora das quadras por muitos meses. Patrocinado pela empresa de material esportivo, seu retorno acabou sendo material para uma campanha online em formato de documentário que registrava todo o arco do herói, das dificuldades da lesão até a expectativa da volta por cima.

É interessante notar como a marca foi capaz de acompanhar e explorar os mínimos detalhes da vida do atleta que patrocina, usando-o de um modo mais personalista e emocional. Essa é uma tendência muito clara no mercado lá fora.

Outro exemplo, esse mais lúdico e fantástico, tem a ver com o Brooklyn Nets, novo time da NBA situado no famoso bairro de Nova York. Em parceria com a Marvel Comics, editora de quadrinhos responsável por personagens como Homem-Aranha e Vingadores, eles desenvolveram um mascote no estilo super-herói. Trata-se do Brooklyn Knight (Cavaleiro do Brooklyn), que aparece nos jogos para animar a torcida e também vive aventuras em um gibi que é distribuído no ginásio do time.

No Brasil, iniciativas desse tipo têm sido muito mais tímidas, se não inexistentes, embora tenhamos aí não só os dois megaeventos como também um universo inteiro de futebol, que certamente rende histórias espetaculares. Só precisamos de mais marcas a fim de conta-las. Consumidores a fim de ouvi-las a gente sabe que tem.

Os planos da adidas para a Copa do Mundo 2014

O post abaixo foi originalmente escrito para o Futebol Marketing em 01/07/2013. O link original pode ser acessado aqui.

Imagem: Divulgação/CBF

Na última terça-feira, 25 de junho, estive na coletiva de imprensa da adidas a convite do FutebolMarketing.com.br. O objetivo do evento foi contar sobre os planos da empresa para a Copa do Mundo em 2014.

Antes de qualquer coisa é preciso deixar claro que não sou jornalista e que, poucas vezes na vida, tive a oportunidade de presenciar coletivas fazendo esse papel. Por isso tomei a liberdade de fazer um relato mais opinativo para vocês. Vamos lá.

Fica fácil entender a importância que a adidas estava dando para essa coletiva quando a gente analisa melhor os nomes que estavam lá sentados à mesa: Rodrigo Messias, Diretor de Marketing Brasil, Fernando Basualdo, Diretor Geral Brasil, Markus Baumann, Vice Presidente de Futebol Mundo, e ninguém menos do que Herbert Hainer, o simpático alemão que é CEO do Grupo. Você já deve ter concluído que a coletiva foi toda em inglês, né?

Direto e reto, o objetivo de negócios da adidas com a Copa do Mundo de 2014 é obter uma receita recorde de 2 bilhões no segmento futebol, ao longo do ano. Dentro desse objetivo a América Latina é a região que mais cresce em termos de vendas (veja foto do quadro), sendo que o Brasil está entre os 10 maiores países em faturamento. Por aí dá para entender o quanto a Copa é importante para o Grupo.

Esse objetivo é sustentado por alguns pilares:

– Alta qualidade dos produtos.

– Ideia de exportar a Copa para o mundo por meio da marca, ou seja, alguém de outro país que compre, por exemplo, uma Cafusa, a bola oficial do evento, de alguma forma estará tendo contato com o espírito da competição.

– Cultura de inovação, refletida no mantra interno “cutting edge football – one step ahead”.

– Patrocínios de propriedades esportivas como o Bayern de Munique e o Lionel Messi, que vendem camisas no mundo todo, tendo Flamengo como uma aquisição recente e importante.

Imagem: Divulgação/adidas

Mas, como nem tudo são flores, a empresa terá dois bons desafios pela frente. O primeiro deles é a onda de protestos que pararam o Brasil nos últimos 20 dias. Impossível saber o que acontecerá daqui até junho de 2014, mas uma coisa é certa, o modo como os brasileiros enxergam o próprio país mudou, e isso fatalmente terá reflexo nas marcas que atuam no nosso mercado. Mas na coletiva eles se limitaram a afirmar que as manifestações eram legítimas, mas que não apoiavam nenhuma forma de violência.

O outro desafio também está relacionado a lidar com uma situação nova. Pela primeira vez a adidas se vê na situação de ser a patrocinadora oficial do evento, mas não da seleção da casa. Um jornalista até questionou sobre o fato do Messi, principal atleta da marca, ser argentino e não brasileiro. A resposta, bastante sensata, é que o Messi estaria acima dessa rivalidade.

Imagem: Divulgação/adidas

Seja como for, uma curiosidade é que o pontapé da coletiva foi marcado por cada executivo contando sobre sua relação pessoal e emocional com o futebol. De alguma forma desconfio que essa tenha sido um simpático sinal para mostrar um pouco da estratégia de comunicação da empresa. Alemães falando de negócios em tom emocional é realmente All In (Vamos com Tudo, na tradução para o português).

Bruno Scartozzoni é diretor de planejamento da Ativa Esporte, professor de storytelling e transmídia da ECA-USP, ESPM e FIA, e colaborador do Update or Die.

Negócios em Jogo, programa 9, 01/07/2013 – EDIÇÃO ESPECIAL

Em 01 de julho aconteceu a nona edição do Negócios em Jogo, hangout quinzenal da Ativa Esporte, onde Guilherme Guimarães, Bruno Scartozzoni e convidados discutem as últimas notícias e tendências do universo do marketing esportivo.

Devido aos acontecimentos que pararam o Brasil em junho resolvemos fazer uma edição especial, totalmente dedicada aos protestos e possíveis impactos para marcas, patrocínios e grandes eventos esportivos.

Para isso tivemos a participação de Alessandro Bender. Para assistir é só dar play aí em cima!

Vale ressaltar que na semana passada escrevemos um post sobre o assunto, em inglês, para o blog da Synergy Sponsorship, agência britânica de marketing esportivo que é parceira da Ativa Esporte. Acesse aqui o post original.

PS: Infelizmente houve um problema técnico e a câmera ficou fixa em um dos participantes. Isso não altera o teor da discussão, mas sabemos que deixa o vídeo um pouco mais monótono. Perdão. 😉

Guilherme Guimarães ministra curso de Marketing Esportivo no Rio de Janeiro – 17/08

Guilherme Guimarães, diretor geral da Ativa Esporte e professor de marketing esportivo da FIA e Trevisan, pela primeira vez leva seu curso de marketing esportivo para o Rio de Janeiro, em parceria inédita com a EasyAula.

O curso acontecerá em 17 de agosto, um sábado, tendo duração de 8 horas e compreendendo 5 módulos:

– O papel do marketing esportivo na comunicação atual

– Panorama do marketing esportivo no Brasil

– Marketing esportivo: um pouco de teoria

– Discussão de cases

– Trabalho em grupo

Para mais informações e inscrições, acesse esse link.

Ah, importante, os 5 primeiros inscritos terão um desconto especial! Então corre lá. 🙂

Esporte + Cultura: vamos explorar as possibilidades?

O post abaixo foi originalmente escrito para o portal sportIZ em 27/06/2013. O link original pode ser acessado aqui.

 

Não faz muito tempo que li essa notícia, falando que a NBA tinha feito uma parceria com a Sanrio para o lançamento de uma coleção de roupas femininas que misturam os universos da liga de basquete e da Hello Kitty, principal personagem da empresa.

Sejamos honestos. É difícil imaginar como NBA e Hello Kitty podem estar juntos, né? Mas essa sensação é logo dissipada quando damos uma olhada na linha de produtos. Vejam só as camisetas abaixo. Não é, no mínimo, muito simpático?

Desde já deixo claro que esse não é um post jabá pra vender a coleção. Aliás, nem sei se ela está disponível no Brasil. Mas o ponto, que eu já defendo faz tempo, é que há muito espaço para que propriedades esportivas e culturais sejam trabalhadas juntas. De uns anos para cá, por exemplo, a Adidas vem criando produtos utilizando o universo Star Wars. Já no âmbito da brincadeira, um artista criou times fictícios baseados nas famílias do Game of Thrones. Em outras palavras, não há limites para a imaginação.

E talvez esse seja um caminho interessante para marcas que, nos próximos anos, patrocinadoras oficiais ou não, tentarão pegar carona na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. Faça uma pesquisa rápida no Google imagens e você não vai demorar para perceber que 90% de todas as campanhas em época de grandes eventos esportivos lidam exatamente com os mesmos elementos: superação, suor, torcida, alegria, brasilidade etc. O resultado disso é que a comunicação fica pasteurizada, sendo difícil para os consumidores identificarem quem está falando o quê.

Trazer esses elementos externos ao universo esportivo, como a música ou a ficção, pode ser uma ótima jogada.

Bruno Scartozzoni é diretor de planejamento da Ativa Esporte, professor destorytelling e transmídia da ECA-USP, ESPM e FIA, e colaborador do Update or Die.

Negócios em Jogo, programa 8, 10/06/2013

Em 10 de junho aconteceu a oitava edição do Negócios em Jogo, hangout quinzenal da Ativa Esporte, onde Guilherme Guimarães, Bruno Scartozzoni e convidados discutem as últimas notícias e tendências do universo do marketing esportivo. Para assistir é só dar play aí em cima!

Esse programa fez parte da #CentraldeFutebol, evento promovido pelo Google Plus que reuniu vários hangouts para falarem do esporte mais popular do mundo. Por isso, excepcionalmente, focamos nossa pauta quase completamente em futebol.

Lista dos assuntos abordados:

Neymarketing

Infográfico da repercussão da venda de Neymar ao Barcelona nas redes sociais

Copa das Confederações e Copa do Mundo, agora é pra valer!

“Entreviste a Selação” – app da Mastercard para torcedores entrevistares jogadores e comissão técnica

Jogador se nega a vestir uniforme com novo patrocinador

Judotype, uma tipografia inspirada pelos golpes de judô